tive que reinventar a seara trigueira. a seara ondulada e plana de outrora, espelhava viagens antigas, onde a sombra do chaparro vazio cobria um outro contador de estórias.
hoje, a seara é só minha, mas nela ainda não consigo visualizar o que quero ver. observo apenas o dourado a ondular no vento seco e queixo-me da dificuldade que tenho em respirar, enquanto desvio o olhar para o alcatrão da estrada.
reinventei uma seara azul, tranquila, solitária, com um outro vazio à sombra do chaparro curvado e gasto, que cobre apenas o meu olhar e produz murmúrios salgados e quentes.
terça-feira, agosto 24, 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)