tive que reinventar a seara trigueira. a seara ondulada e plana de outrora, espelhava viagens antigas, onde a sombra do chaparro vazio cobria um outro contador de estórias.
hoje, a seara é só minha, mas nela ainda não consigo visualizar o que quero ver. observo apenas o dourado a ondular no vento seco e queixo-me da dificuldade que tenho em respirar, enquanto desvio o olhar para o alcatrão da estrada.
reinventei uma seara azul, tranquila, solitária, com um outro vazio à sombra do chaparro curvado e gasto, que cobre apenas o meu olhar e produz murmúrios salgados e quentes.
terça-feira, agosto 24, 2010
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4 comentários:
muito bonito
obrigada:)*
cucu...faz tempo que não te espreitava, espero que esteja tudo bem. A tua escrita está, anti-dérmica, pouco à superfície, o que é bom, acho eu...
fica um presente do meu Narciso
http://pu-e-azia.blogspot.com/2009/12/narciso-o-carneiro.html
bjs...
Filipe...:)
Ainda bem que vens cá espreitar de vez em quando, fico feliz por isso!
Muito obrigada pelo presente do teu Narciso carneiro, foi bom ler-te.
1 beijinho
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