segunda-feira, outubro 31, 2005
o Metro do Porto é uma benção
Agradeço à normetro por ter acordado às 7h da manhã para apanhar um metro que não veio e assim ter perdido mais um dia de aulas, dado que esta ocorrência não é 1 caso isolado!
quinta-feira, outubro 27, 2005
quarta-feira, outubro 19, 2005
da pedra cantava...
Cantava com uma voz límpida os sons do fundo. Dizia que era cego e que só via o que ninguém vê.
Sentava-se todos os dias no largo da aldeia em cima da mesma pedra cantando e fotografando o espírito de cada momento. Os seus amigos, de lá da terra, diziam que ele não foi sempre assim, que já foi como eles, mas alguém o almadiçoou e a partir daí deixou a sua casa, deixou o seu trabalho na lavoura, deixou as suas terras e passou a dormir à porta da igreja. Dizem que assim ele devia sentir-se mais protegido por Deus. Explicaram também, que por ter deixado tudo, Deus o recompensou e tornou-o santo.
-Ninguém no mundo canta como ele e cá na aldeia já ninguém passa sem o seu canto.
Um dia a aldeia não acordou com a alvorada. A pedra do largo estava fria. Sentia-se um calor de trovoada. No céu formavam-se nuvens densas e escuras e, num ápice, descarregaram toda a sua força celeste. Nada restou.
Ouve-se todos os dias um canto límpido dos sons do fundo e vem de uma pedra: "Eu sou um homem cego, mas vejo o que ninguém vê."
Sentava-se todos os dias no largo da aldeia em cima da mesma pedra cantando e fotografando o espírito de cada momento. Os seus amigos, de lá da terra, diziam que ele não foi sempre assim, que já foi como eles, mas alguém o almadiçoou e a partir daí deixou a sua casa, deixou o seu trabalho na lavoura, deixou as suas terras e passou a dormir à porta da igreja. Dizem que assim ele devia sentir-se mais protegido por Deus. Explicaram também, que por ter deixado tudo, Deus o recompensou e tornou-o santo.
-Ninguém no mundo canta como ele e cá na aldeia já ninguém passa sem o seu canto.
Um dia a aldeia não acordou com a alvorada. A pedra do largo estava fria. Sentia-se um calor de trovoada. No céu formavam-se nuvens densas e escuras e, num ápice, descarregaram toda a sua força celeste. Nada restou.
Ouve-se todos os dias um canto límpido dos sons do fundo e vem de uma pedra: "Eu sou um homem cego, mas vejo o que ninguém vê."
terça-feira, outubro 18, 2005
as coisas simples
Sempre contaste as estrelas baixinho e lentamente. Dizes que assim adormeces e sonhas mais perto do infinito.
Às vezes cantas para elas, pois gostas de cuidar desse cantinho que te aquece.
Perguntei-te como fazias quando o céu estava encoberto e tu explicaste, com um sorriso, as coisas simples.
Às vezes cantas para elas, pois gostas de cuidar desse cantinho que te aquece.
Perguntei-te como fazias quando o céu estava encoberto e tu explicaste, com um sorriso, as coisas simples.
domingo, outubro 16, 2005
1 pensamento
Sentou-se na cerca timidamente aquecida pelo sol. Há 7 anos que o Sr Francisco observava o vento a soprar e a arrastar a sua terra. Na noite anterior tinham morrido mais 3 das suas ovelhas, não por fome, pois isso ainda se conseguia enganar, mas porque os pulmões das suas ovelhas já não suportavam o pó que pairava no ar ao fim de tantos anos de seca.
Acendeu um cigarro para enganar o pensamento, mas os seus olhos brilhantes não desviavam a sua atenção do céu. A única nuvem que o rodeava, era a nuvem de fumo do seu cigarro.
Tirou o seu velho boné da cabeça num sinal de clemência e como se de uma prece se tratasse, colocou a harmónica nos lábios gretados e soprou contra o vento as suas palavras. Quando as suas palavras se esgotaram, já era de noite. Não sentiu vontade de ir para casa preferiu sentir o calor da terra seca, deitando-se nela. A terra que era ele, em pó caminhou disperso no ar, para onde não se sabe.
Na manhã seguinte choveu.
Acendeu um cigarro para enganar o pensamento, mas os seus olhos brilhantes não desviavam a sua atenção do céu. A única nuvem que o rodeava, era a nuvem de fumo do seu cigarro.
Tirou o seu velho boné da cabeça num sinal de clemência e como se de uma prece se tratasse, colocou a harmónica nos lábios gretados e soprou contra o vento as suas palavras. Quando as suas palavras se esgotaram, já era de noite. Não sentiu vontade de ir para casa preferiu sentir o calor da terra seca, deitando-se nela. A terra que era ele, em pó caminhou disperso no ar, para onde não se sabe.
Na manhã seguinte choveu.
segunda-feira, outubro 10, 2005
sentimentos 1000
Mais de metade do meu cérebro gasta a sua actividade a pensar numa só coisa. Caí de repente, numa panóplia de sentimentos um pouco lamechas, um pouco banais...
Dou por mim a criar rugas de expressão novas, pois descobri em mim mais de 1000 formas de sentir o mesmo e a minha face tem explorado novos músculos ao mesmo tempo que o meu cérebro cinzento e pesado processa todas essas sensações.
E assim me deixo tecer, sussurando-te em silêncio aquilo que tu me consegues dizer.
É o suave desembarque no cais do coração...
Para ti F.
Cliché institucional do ensino
Come um doce...
O silêncio compra-se com o açucar.
Reivindica!!
Mas não penses que consegues...
Cala-te e paga!
O silêncio compra-se com o açucar.
Reivindica!!
Mas não penses que consegues...
Cala-te e paga!
Canteiro minado à beira mar plantado
O país está a morrer... Está morrer porque os seus valores estão em decomposição, porque as suas instituições são serventia de cunhas, porque o povo vota em candidatos corruptos e criminosos para a sua autarquia...
Não me reconheço neste país armadilhado!
Não me reconheço neste país armadilhado!
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