no balanço do metro, o canto do telemóvel apontava para os vales sumptuosos da elisa.
tremidos, os lábios nervosos da fátima estavam de braço dado com o telemóvel do bruno.
elisa pensou com o seu casaco e o bruno disse para si mesmo: ah, até parece que não tenho aqui a minha fatinha!
cúmplice olhou a fátima para o casaco.
fá-la pela calada, o bruno, o que é claro para a fatinha e para a elisa.
"Tem muito estilo o grilo
(pena dar-lhe pràquilo...)
Quanto quilo de alface
(a alface é ao quilo?)
não comeu já o grilo
para ter tanto estilo!
Faz cri-cri no meu verso,
faz cri-cri no meu quilo.
Cri-cri faz no ouvido
e quase no mamilo.
Dá-se ao grilo a folhinha
mas não guarda sigilo.
Ao canário da alpista
(também telegrafista)
que não anunciasse
logo o meu grilo: alface!
Assim te conto o grilo
se não fores repeti...
se não fores repeti-lo."
O Grilo, Alexandre O'Neil
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário