o dia espera de mim mais uma epopeia de produtividade e emoções e, com o corpo cansado, os olhos semi-cerrados, a cabeça em hibernação, algo irá agir por mim e corresponder às expectativas de mais um dia, enquanto que eu finjo que descanso. prefiro acreditar que estou a repousar, de mansinho, na ondulação do dia, contrariando a sua ditadura mecânica e cerebral, mas sei que rompendo o limite da minha plasticidade, a minha imaginação volatiliza-se e direcciona-se para o engenho e o trabalho quadrado, geométrico e infinito.
e com isto crio uma lista de saudades banais: estar parada, ouvir, apenas, música, falar das coisas importantes, vêr um muito bom filme, dormir, sentar-me no sofá, contemplar, achar que o tempo dá para tudo, desligar a geometria d cérebro, pensar em cores...
pego na borracha e apago a lista. sei que amanhã ainda a saberei.
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